Desde o tempo da expulsão de Adão e Eva do jardim do Éden até o
Dilúvio, houve uma determinação cada vez maior por parte da humanidade em
desafiar os preceitos de Deus:
“A maldade do homem se havia multiplicado na terra e
[...] era continuamente mau todo desígnio do seu coração. [...] Todo ser
vivente havia corrompido o seu caminho na terra” (Gn 6.5,12).
A
humanidade não estava apenas corrompida, mas era cheia de violência; o mundo
estava pronto para o juízo (v.11). E, embora Deus tenha suspendido a execução
da raça humana por muitos anos, Ele finalmente cumpriu o que havia prometido.
Além
da rebelião humana coletiva contra Deus, muitos estudiosos da Bíblia creem que
também houve rebelião dos anjos. Embora haja outras interpretações para Gênesis
6.4, uma visão bastante respeitada é que alguns anjos caídos deixaram sua
habitação normal, escolheram viver no âmbito físico e coabitaram com mulheres
terrenas [veja também Jd 6-7]. Essas uniões produziram “valentes, varões de renome”, ou
descendentes super-humanos que podem ter sido a origem de mitologias e lendas
antigas.
Como
apenas seres humanos podem ser redimidos, o objetivo provável desses anjos
caídos era saturar toda a raça humana com uma linhagem demoníaca, tornando
impossível a salvação da humanidade.[2] O plano redentor para a humanidade
precisava eliminar um mundo corrompido pelo cruzamento com demônios, pela
maldade e violência desenfreadas. Por isso, Deus anunciou: “Resolvi dar cabo de toda carne [...] eis que os
farei perecer juntamente com a terra” (Gn 6.13).
Deus preveniu a humanidade por meio de uma
família de profetas começando com Enoque; depois, o filho de Enoque, Metusalém;
o neto, Lameque; e finalmente, o bisneto, Noé. Noé pregou sobre a vinda do
julgamento global a uma geração cada vez mais perversa. Em preparação para o
Dilúvio, Deus ordenou que ele construísse uma arca de refúgio (v.14). Assim que
foi terminada, a arca era um sinal de juízo iminente, uma vez que Noé
continuava pregando para um mundo que não se arrependia.
Em preparação para o Dilúvio, Deus ordenou que ele construísse uma arca de refúgio (v.14). Assim que foi terminada, a arca era um sinal de juízo iminente, uma vez que Noé continuava pregando para um mundo que não se arrependia.